Estava conversando com uma amiga que me dizia que era feliz quando
se recordava da sua infância. Se tem uma época que eu não tenho saudades
nenhuma é a tal da infância. Não, não, eu tive uma família estruturada, brinquedos,
vestidinhos ridículos rodadinhos, lacinhos e um quarto cor-de-rosa, mas era uma
criança feia.
Não, também não estou me fazendo de coitada, na verdade o
tema desse post é superação. Eu fui feia, ainda não sou muito provida de beleza,
mas melhorei muito. Acho que nem mamãe me achava bonitinha. E nada nesse mundo é
pior que ser uma criança feia. Assim, eu parecia um rato gordo. Não, rato não,
porque é até um bichinho bonitinho, pense naquela ratazana, aí tá chegando
perto.
Orelhas de abano, dentes trepados, quilinhos extras e eu era a alegria da criançada, ainda mais quando eu teimava de ir à praia e aparecia com manchas vermelhas na pele porque bronzeado nunca fui meu forte – mas tento, todos os dias que posso, eu juro que tento. Ah sim, cabelo oleoso porque se existe algo que eu odeio é tratar do cabelo.
Orelhas de abano, dentes trepados, quilinhos extras e eu era a alegria da criançada, ainda mais quando eu teimava de ir à praia e aparecia com manchas vermelhas na pele porque bronzeado nunca fui meu forte – mas tento, todos os dias que posso, eu juro que tento. Ah sim, cabelo oleoso porque se existe algo que eu odeio é tratar do cabelo.
Para piorar comecei usar aparelho ortodôntico móvel, o que
me fazia babar – só alegria! – só faltaram as botinhas ortopédicas, mas essas
foram dispensadas se usasse um tamanquinho de madeira (que também era feio para
desgraça.). Eu tinha o ilustre apelido de “Dumbo”, todo dia era um: “Vai voar
pra lá Dumbo!”, ou então “Olha o Dumbo chegando, cuidado, ele vai esmagar você!”.
Eu superei o Dumbo me auto-ironizando: “Pelo menos eu vôo e você que é tão
gordo que fica plantado no chão?”.
Então veio o inicio da adolescência, eu sei meu caro leitor,
você também tinha um braço maior que o outro e seu rosto era assimétrico, todos
passamos por isso e para variar os apelidinhos mudaram, agora eu ouvia apenas
que era “Cabrunco”, nome dado ao coisa-ruim em minha terra natal; Sem essa de
que o chefe dos capirotos fora o anjo mais bonito.
Mas, o tempo passa, o tempo voa – e a poupança Bamerindus
continua numa boaaa! – e eis que a vida é uma caixinha de surpresa – Joseph Climber
ilumina – encontrei o colega que me deu o apelidinho de “Cabrunco”.
- Com licença, Mimimi, é você mesma? – Fila de banco é um
cú. Você encontra Deus, o mundo e toda a torcida do Flamengo (mesmo sendo
Fluminense).
- Sim, e você é o S.? Certo?
- Nossa, você está...diferente! Como os anos te fizeram
bem...Como você mudou! Entenda, você está linda. – para vocês verem que mudei
um bocado.
- Ah é? Obrigada pela gentileza! Você também mudou a beça.
- Ah sim, e para melhor?
- Não, você ficou feio e tosco.
Isso porque eu particularmente não guardo rancor.
HAHAHAHAHA! Perfeito e bem-feito!
ResponderExcluirAHAHA Lu, você me fazendo rir .D
ResponderExcluirOlha amigan, pra mim você é um exemplo de força, de quem segue em frente e luta até a última gota de suor pra conseguir o que quer. Só com isso você tem meu respeito.
E eu tive uma infância feliz, mas sempre fui deixada de lado.
Beijo
ps: Escreva mais, sim? ;D
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